domingo, 23 de janeiro de 2011

Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain




Conversando com uns amigos sobre o filme, um deles disse que o filme era chato, monótono... Bem, como eu iria convencê-lo de que o filme era bom demais? Até tentei dizer que talvez ele não tivesse prestado atenção, mas gosto não se discute.  O filme é belo demais, a trilha sonora é algo “minha filha violinista tocou em um recital”. Tudo no filme é singular, a narrativa, a expressão de Amélie, uma jovem parisiense, encantadoramente tímida, exótica e de uma prodigiosa imaginação.  Amélie foi privada pelos pais de contato com o mundo exterior, por acreditarem que ela tinha problemas de coração. O coração acelerava toda vez que o pai, um médico, lhe fazia exames cardiológico, ao contrário do que ele pensava, era apenas nervosismo que ela sentia com a rara aproximação. Educada pela mãe, uma professora, não freqüentou a escola, cresceu isolada até mudar-se para um bairro parisiense para trabalhar de garçonete, onde passou a se relacionar com as pessoas.
A partir do dia que entregou uma caixa, que estava escondida no banheiro de sua casa a um homem, passou a ver o mundo de  maneira diferente. Amélie se apaixona e de forma criativa muda seu destino. A fotografia é bsatante expressiva no filme, assim como a arte, as cores resumindo-se em poesia.     

 Embora seja um filme poético como refiro-me, ou doce,  ele aborda aspectos importantes a existência humana como o próprio existencialismo, sentimentos, enfim, o comportamento cotidiano das pessoas. E muitas passam pela vida dela, como a colega mal humorada que faz sexo no banheiro, experimenta a felicidade para depois chatear-se com o ciúme excessivo do namorado. O homem a quem ela entrega a caixinha e se impressiona ao vê-lo emocionado. O homem de vidro com sua sensibilidade, não a dos ossos, mas quanto aos detalhes de sua pintura. O pintor aconselha Amélie a saltar sem hesitar porque ela não tem ossos de vidro, podendo suportar as quedas da vida. 


Não gosto de ver um filme duas vezes, exceto se for muito bom. É o caso de “O Fabuloso Destino de Amélie Polan” que certamente se juntará aos clássicos de cinema. 

2 comentários:

  1. Gosto de ler leituras sobre esse paraíso. . . As minhas são tão íntimas que não consigo expressar ainda!

    Já assisti 33 vezes e ainda quero ver de novo! Quase compulsivo!
    - Uso Amélie como um ponto para saber se aquela pessoa vale a pena em meu círculo menor'

    E é bom saber que tem quem não goste, prova que é uma questão de gosto, nada além!

    Abraços!
    Bons ventos pelo caminho'

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    1. COncordo amigo! Mas ver 33 vezes e repetir, rsrsrs, parece sim compulsivo. Obrigada pela visita. Vá ver sim, quantas vezes quiser, estava brincando. Belo filme. Adorei.

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